segunda-feira, 1 de julho de 2013

Por que não?

Se te perguntam o porquê, responda por que não? As pessoas andam muito reticências. Faltam parágrafos e sobram ponto e vírgulas. Não sei, acordei meio assim. Inteiro assim. Vendo o velho como novo. Vendo as perguntas como respostas. Vendo o não como sim e o sim como certeza. Certeza! Por que nada é certo nessa vida além da morte e dos impostos? Não, não concordo. 

A certeza é a luz de dentro que nos guia. Que nos move, que nos comove. Não há  sentimento mais real do que a luz de dentro. A luz da alma, que não se perde, que não escurece; que não se economiza. O "era uma vez" começa lá. Lá no seu ínfimo que te mostra pra onde ir; o que fazer, o que perguntar, o que fantasiar, o que realizar. O velho do novo, porque a alma nunca envelhece; somente engrandece.


E ela me mostra hoje, que o meu ciclo aqui na Austrália, se fechou. Se enche de cores quando penso no que vem a seguir. Não, não há garantias absolutas, nem planos à prova do fracasso. A vida não é blindada, mas é dupla face. Eu vim com um objetivo e volto com infinitos mais. Sei o que quero fazer a seguir. E eu posso. Como diria Henry Ford, "Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo". Não se pode temer o fracasso, ele existe para lhe dar prudência e sabedoria. Tudo que desconhecido é, conhecido passará a ser um dia; todas as nossas experiências de vida passam por ele. E mais uma vez para mim será assim. A vida e os riscos caminham de mãos dadas, como dizia Sófocles, "tudo faz ruídos".

O que fazer, eu sou assim! aprendi a me aceitar assim; vim me buscar e me achei lá. Doido não? Esse período aqui me fez aprender muitas coisas sobre mim mesma. A aceitar a minha própria companhia assim como conversar com os meus próprios temores. Não tem nada de errado em ser e em pensar diferente. A gente é o que é, e existe por um motivo. Não existe mais uma Mariana; eu sou única assim como você também é. Se eu me camuflar em ser os outros, perco o que tenho de mais valioso. Trombei com tanta coisa interessante, inclusive com a minha genuína alegria e também com a minha visceral tristeza. Fui pega de surpresa e desarmada pelo meu alter ego -que está aqui e sou eu mesma. Já quis ser outra pessoa, e acabei me perdendo, acho que foi isso que tentei fazer por tanto tempo, mas agora me achei de novo e não me perco mais. Sou uma pensadora, introvertida e sonhadora. Sim eu sonho; mas o mais importante eu realizo.

Então, por que não tentar? Por que não correr, somente andar? Por que não cair, somente desviar? Por que não amar, somente gostar? Por que só querer e não desejar? Por que não buscar, somente esperar? Pergunta pra ela, fala com ela, olha pra ela, dê as mãos pra ela e a resposta virá.