sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Caos poético



A poesia, incólume donzela em seus caos de alvenaria. A poesia, que dá febre de rima, febre de dor, febre de amor. Não vai, é um tormento. Dói o amor de dentro. Mas a lateralidade é agrande, precisa sair, precisa dizer, precisa se conhecer. Quer ser donzela, sendo caótica? Que esparrela....
Mas ela não desiste, ser desequilibrado, ser esvoaçante, ser tão consoante.

A poesia, caótica donzela que pinta, mas que borra, que gira em salto alto, tão sempre contraditória...
A poesia, contraditória donzela, com feridas internas, feridas expostas, feridas tão virtuosas...
A poesia, virtuosa donzela, de vazios intermináveis onde o vento que sopra, traz o silêncio que brota.
E este brota como água em pedra, que força seu caminho, mesmo sendo tão incólume o destino. Brota como semente disseminada pela mente, terreno fértil e traçoeiro, selecione seu pensamento. A disseminação é constante, é regada, é fortificada. É um rodopio de sentimentos, palavras com enxaqueca, fecham os olhos pros sentimentos. Branco ficou, tinta secou, dores eu sou. Falo e não escuto, sinto mas não consinto, é um caos do sentimento, incólume de argumentos.












terça-feira, 21 de outubro de 2014

Desespero ou ironia? que diferença que tem?


Vivemos? ou apenas duramos? fazemos? ou apenas planejamos? Vivi até agora?

A geada fria de um abraço estático, de um sentimento postiço, de uma travessa no escuro. Joga pro alto seu pó, bata suas asas! Os de alma sensível possuem muitas possibilidade...quantas? infinitas!! com a ciente responsabilidade do que ser muitos, ter pontas, ser mesclado implica....sou a aquarela! misturo minhas cores e delas faço novas vidas que me fazem enxergar novas cores...cores invisíveis a olhos humanos, mas então me adapto e viro frequência! mas minha frequência é ultra grave, meus sons tornam-se inaudíveis...a linha liga dois pontos.....me penduro e viro uma parábola. Aí eu sinto, sinto em demasia....não posso ser muitos, pois a sociedade me obriga a ser um, aquele que acho que sou, aquele que acham que sou, aquele que querem que seja. Faço mal a mim mesmo pois sinto, pois sei o que sinto. Os que não sentem, fazem mal aos outros. O daltonismo da vida afetou minha aquarela, apenas duramos.

Busco algo além da minha compreensão. Preciso achar minha consciência, atingir minha aquarela.
E a verniz do taco frio e empoeirado é neutro, é o meu refúgio, me reflete em dorso. Existe algo abaixo de mim? Preciso atingir, preciso enxergar, preciso me aprofundar, preciso ver além. Eu só quero enxergar. Eu tento, faço certo? me esforço. Então são muitas cadeiras, cadeiras vazias, cadeiras incólumes, cadeiras escuras. Um Phantasma ao meio em meio ao silêncio no piso escuro. Me movimento, jogo meu pó, alguém me vê. Está lá, eu vejo, me sinto exposta, mas enxergo quem quero ver? um imago que amarra minhas forças, uma memória de um futuro presente, uma sensação. Seria uma criação de um sub-consciente em desespero? desespero e ironia...qual a diferença?

E a aquarela se torna um, mas dentro são mil. Abraço dinâmico, energia, alegria. Pode-se afetar sem ter contato? pode-se perceber? escute minha frequência imago...ironia da mente ou um alerta da mente? jogo meu pó, só sinto, acredito, emano, não falo, minhas frequências são inaudíveis.