As coisas parecem assimétricas, repetitivas; lógico que, como me prometi quando deixei a Austrália, eu já tomei as rédeas da minha vida e comecei a tecer a minha nova realidade. No entanto, essa é a unica vez de verdade que sinto uma certa tibieza, um certo desconforto diante de tudo. Me sentia mais forte sozinha, no exterior; aqui confesso que por vezes me senti pequena, patética. Por quê será? Eu sei pra onde quero seguir mas ao mesmo tempo me puxo pra indagações. Definitivamente não é facil retornar e se enxergar em 3D, quando a maioria das coisas ainda está em duas dimensões.
Confesso que estou desconfortável, por vezes preocupada. Definitivamente de todos os problemas e desafios que enfrentei na Austrália, esse é o maior de todos. Me sinto nua e crua sem saber ao certo o que fazer. Dessa vez minha vida é um quadro em branco e acho que me sinto vulnerável, invadida, sem espaço; exposta.
Demorou, mas chegou: aquela dúvida ascendente e onipresente de uma condição que sempre foi dúvida: caralho quem sou eu??E pra poder tentar entender melhor, começei a fazer meditação. Nada melhor do que um silêncio interno pra calar seus gritos externos. Eu não sei se a minha vida está num balanço, mas sinto que vou pra frente e pra trás, pra frente e pra trás. O que sou eu? por que me me escorrego por entre meus próprios dedos? por que não paro quieta? por que as coisas estão embaçadas? Como falam, não são as perguntas que movem o mundo mas as respostas não é? então, estou tentando achá-las....e as vezes, não sei se o que eu acho que sou, é o que sou realmente.... quem és tu?
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